Ficar em forma durante as férias: estratégias apoiadas pela ciência

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A temporada de férias muitas vezes perturba rotinas estabelecidas, incluindo exercícios. Em vez de abandonar totalmente o condicionamento físico, é possível manter – ou até mesmo melhorar – a saúde com métodos práticos e comprovados pela ciência. Adaptabilidade e eficiência são fundamentais, pois a adesão estrita aos treinos durante todo o ano pode ser irrealista durante um período agitado.

O poder das explosões curtas e intensas

O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) oferece uma solução que economiza tempo. Uma pesquisa da década de 1990 demonstrou que um treino de apenas quatro minutos, alternando 20 segundos de esforço máximo com 10 segundos de descanso, pode aumentar significativamente a aptidão aeróbica quando realizado cinco dias por semana. Este método desafia a noção de que treinos longos são essenciais para obter resultados.

Estudos mais recentes reforçam esta ideia: mesmo 3,5 minutos de atividade diária vigorosa podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares nas mulheres. Para aqueles que já se exercitam, pequenas rajadas de intensidade se correlacionam com uma redução de 20% no risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral em ambos os sexos. Esses “lanches de exercícios” não exigem academia; eles podem ser integrados à vida diária – correr para pegar o ônibus, carregar compras ou subir escadas. Um estudo de 2019 mostrou que subir três lances de escada três vezes por semana melhorou o condicionamento cardiovascular em 5% em apenas seis semanas.

Metas de caminhada e passos

Embora o HIIT forneça intensidade, o movimento consistente continua valioso. Os 10.000 passos por dia comumente citados podem ser desnecessários; pesquisas sugerem que 7.000 passos são suficientes para reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2, demência e morte prematura. Longas caminhadas em família oferecem um benefício social e de boa forma, tornando-as uma opção prática de férias.

A realidade das férias

Um lapso temporário no exercício não é catastrófico. O declínio significativo da força muscular não ocorre até dois a três meses de inatividade, enquanto a aptidão aeróbica desaparece após cerca de um mês. Priorizar o exercício cardiovascular durante os intervalos é o mais importante, pois a saúde do coração se deteriora mais rapidamente do que a massa muscular. Retomar uma rotina regular após as férias é crucial; a consistência continua sendo o objetivo final.

A principal conclusão é que atividades curtas e intensas e movimentos consistentes podem ser integrados até mesmo nos horários mais caóticos. Uma pausa de um mês não anulará anos de progresso, mas a manutenção proativa garante que o condicionamento físico não seja totalmente sacrificado durante a temporada de férias.